terça-feira, 1 de maio de 2012

Último Adeus a Luiz Antônio Barreto

"Último adeus a Luiz Antônio Barreto

Dilson M. Barreto - Economista

Luiz, você se foi apressadamente, não deu tempo sequer de uma calorosa despedida. Partiu para um outro plano, nem um adeus nos contemplou. Tudo foi rápido: o seu internamento, a sua agonia, a sua morte, o seu enterro. Felizmente demorada foi a sua passagem aqui na terra, no convívio salutar com os seus familiares, com os seus amigos queridos, e eu tento incluir-me nesse grupo de amigos, pois você tinha consciência plena da minha estima por você e o respeito e admiração ao seu valor intelectual.
Intelectual de mão cheia, pesquisador respeitado em Sergipe, no Brasil e fora dele, você conseguiu projetar-se intelectualmente com os seus escritos, palestras, conferências e ensinamentos a uma plêiade de alunos que o procuravam para pesquisar.
Choro inconformado a sua perda, reclamo do Criador a injustiça cometida com você e com os seus amigos e familiares, privando-os da sua tão maravilhosa e salutar convivência. Consola-me, entretanto, em saber que você, com o seu espírito luminoso e laborioso, será alegremente recebido por Tobias Barreto que tanto você proclamou em seus escritos, Hermes Fontes, Jackson de Figueiredo, Núbia Marques, Ofenísia Freire, Alberto Carvalho, Thetis Nunes, Cabral Machado, Silvério Fontes, Fernando Nunes, Seixas Dória e tantos outros intelectuais sergipanos e mesmo de outras plagas brasileira, e juntos, o levarão ao altar da luminosidade intelectual, abrigando-o festivamente na nova “Academia dos Iluminados”. E você voltará a ser uma estrela ascendente no seio dessa grande constelação de imortais.
Tenha certeza, você nunca ficará só! Aqui na terra, seus amigos continuarão reverenciando o seu nome, recordando da sua afetuosa companhia, deleitando-se da sua conversa agradável, muitas vezes professoral, em outras de levar-nos ao riso incontido. Mas era assim você! E é esse Luiz, travestido elegantemente de muitas facetas seja como jornalista, escritor, comentarista, poeta, cultor da boa música, do teatro e do cinema, e, acima de tudo amigo, complacente e solidário com as nossas fraquezas, de quem guardarei eternas recordações.
Tudo se passou muito rapidamente nesses últimos quinze dias, um Calvário dolorido, uma angustia infinita diuturnamente vivenciada, acompanhada pela torcida da sua plena recuperação. Mas você fez a sua opção em nos deixar, em seguir uma nova caminhada, em experimentar o convívio com novos e velhos amigos, intelectuais como você e que também partiram em momentos os mais variados deste mundo terreno, atender ao chamado do Pai Eterno. Resta-me o consolo de que esta, mais cedo ou mais tarde, é a trajetória de todos nós e a certeza de que nesse dia, haveremos de nos encontrar!

Feliz caminhada, meu querido Amigo!"

(JornaldaCidade.Net - 25/04/2012 - Dilson M. Barreto).

Postagem original na página do Facebook em  01 de Maio de 2012.

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