quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Culinária Sergipana é Patrimônio Cultural



Culinária Sergipana é Patrimônio Cultural
Publicado por "Contexto Online" em 2011.
Por Isabelle Marques

A culinária sergipana é uma das mais variadas do Brasil. Recebe influência de outras culturas e, por isso, é uma mistura de ingredientes que atrai os turistas e a própria gente da terra. De um canto tranquilo da cidade é possível escutar o rapaz na bicicleta entoando "olha o sarôio, beiju molhado e pé-de-moleque", são as comidas típicas de Sergipe, um misto de culinária indígena e africana. E se tem festas juninas certamente elas estarão compondo as mesas dos nordestinos.

Mas agora, o beiju de tapioca, o beiju macasado, a queijada, o doce de pimenta do reino, o beiju sarôio, o manauê, a bolachinha de goma e o amendoim verde cozido tão famosos em Sergipe são mais do que simplesmente comidas típicas do povo sergipano, viraram patrimônio do Estado.

Pensar em um prato típico da região é pensar em seu povo. Cada prato tem a ver com a cultura de seu lugar de origem. Todos que visitam uma terra querem ter sabores para provar e histórias para levar na bagagem. Transformar pratos típicos em patrimônio imaterial é padronizar seu modo de fazer e seus ingredientes, é transformar a culinária local em história e cultura a ser transmitida a quem vem depois.

O reconhecimento veio através de aprovação unânime do parecer do Conselho de Cultura, que teve como relatora dos processos na Câmara de Ciências e Patrimônio Histórico e Artístico,a conselheira Ana Maria Medina.

De acordo com o professor Fernando Soutelo, a recomendação de registro do Conselho foi aprovada e encaminhada à Secretaria de Estado da Cultura para as providências decorrentes da decisão do Colegiado. Por despacho da Secretária Eloísa Galdino acolheu a decisão do CEC. “Entendemos que havia necessidade do reconhecimento ser aprovado por decreto do Governador do Estado. Portanto, a Secretaria da Cultura encaminhou os processos para a Secretaria de Estado de Governo para lavratura dos decretos a serem assinados pelo Governador do Estado”, explica Soutelo. A prefeitura, através de lei municipal também reconhece os pratos como como Patrimônio Cultural Imaterial, de acordo com as leis municipais aprovadas.

Segundo o presidente da Confederação Nacional de Artesãos – Constriart, José Luiz Passos, o documento foi aprovado pelo Governador Marcelo Déda e publicado no Diário Oficial do Estado de Sergipe do dia 14/06/2011. Foi de Luis Passos, a iniciativa. Para ele, a ação significa o resgate do valor cultural e da dignidade das pessoas de baixa renda que trabalham vendendo e produzindo esses pratos. “Os valores culturais de uma boa alimentação são incalculáveis”, comenta.

Para Soutelo, aprovar esses pratos como culinária sergipana é reconhecer o próprio sergipano, é mostrar-lhe quem ele é para si próprio e para os que ainda o desconhecem. “É uma forma de o sergipano reconhecer a sua cara”, conclui.

Fotos: Maria Odília
Edição: Samara.

Texto e fotos reproduzidas do blog: jornal-contexto.blogspot.com.br

Postagem originária da página do Facebook/Minha Terra é SERGIPE, em 30 de Janeiro de 2013.

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