sábado, 21 de setembro de 2013

Homenagem de Aida Campos a Siomara Tauster


Gente estou desolada e chocada com a morte prematura da nossa querida amiga Siomara Madureira Siomara Tauster .

Idos de 70, na memória é como se fosse rolando um filme, diga-se de passagem, de longa metragem e em câmara lenta, lembranças boas, saudáveis e inesquecíveis do tempo do Colégio de Aplicação. Turma maravilhosa, um pedacinho de cada um dos nossos colegas está no meu coração.

Exuberante, talentosa, inteligente, engraçada, criativa, sensível e especial, a nossa querida colega e amiga Siomara Madureira Tauster, - aos mais íntimos carinhosamente Siô - . Pensava, as idéias fervilhavam e a arte em primeiro lugar, na sua vida, cabeça e coração.

Lindas passagens que anualmente são docemente relembradas e partilhadas com a nossa turma, a TURMA DO GA. E Siô se fazia presente, sempre, em reuniões para reminiscências. Com um sorriso gostoso e cativante lá vinha ela para alegrar o ambiente.

O filme continua a passar na memória e lembro o início da carreira brilhante de jornalista, repórter de televisão, programa infantil - e tudo ao vivo e a cores viu pessoal -, da produção à apresentação, lá estava ela, com a desenvoltura que lhe era peculiar e não deixava a peteca cair. Pois é, até jurada eu fui uma vez do programa, a convite da amiga que não deixava furo nem lacuna no trabalho.

Lembro também do primeiro “Criança Esperança” e a Siô como repórter da Tv Sergipe acompanhava os artistas que aqui desembarcaram para a campanha e já naquela época cumpria as pautas e o seu texto límpido, criativo e irreverente as pessoas paravam para raciocinar. Conheci a Bete Mendes através de Siô e a nossa amizade perdura até os dias atuais.

Lembrou bem o nosso Imortal Amaral Cavalcante, no governo Augusto Franco, as inseparáveis colegas, amigas e de imensurável criatividade Sylvinha Leite e Siomara Madureira Tauster trouxeram a nata da literatura brasileira, os cabeças pensantes, para debater Semana Literária na Biblioteca Pública, lembro de Ziraldo, Millor Fernandes, Afonso Romano de Sant´Ana, Gilberto Gil e outros. Nossa, foi um verdadeiro deleite cultural.

Aracaju começou a ficar pequena demais para aquela cabeça cheia de planos e sonhos. Próxima parada: Rio de Janeiro, estágio na Rede Globo. Ela e o saudoso Chiquinho Barreto se mudaram de “malas e cuias” para a cidade maravilhosa. E daí não parou mais. Certa feita, nos encontramos no Rio, em casa de tios Lenalda e Lúcio Duboc, lembra Cele Duboc? Ela e Chiquinho Barreto chegaram para visitar a conterrânea. Dia gostoso e ainda fui convidada para assistir uma gravação do programa “Os Trapalhões”, kkkk e a amiga disse: “fique aqui e você vai fazer parte da claquete” – sabe aquelas pessoas que dão risada quando o diretor manda, pois é, lá estava eu, encantada com a venus platinada e sorrindo muito e admirando a desenvoltura daquela sergipana “arretada”.

E daí não parou mais, queria galgar voos mais altos e lá vai ela para Nova Iorque, trabalho profissional reconhecido por jornalistas da mais alta estirpe. Carreira internacional, casamento com o Alvin, dedicada aos irmãos Silvinha Madureira Pareja e Carlos Madureira, sobrinhos, colegas, amigos.

E os nossos encontros, orgulho da nossa turma –TURMA DO GA – temos uma amiga na Globo Internacional. Ora, ora, mas sempre voltava à sua terrinha, para rever a família, amigos e solver a inspiração nas suas raízes. E gostava de papear no “Teimonde” de Lealdo Feitosa quando estava cá na terra dos cajus.

Aí veio o pânico com a tragédia do 11/09, e retornas ao Brasil e a Cidade Maravilhosa. Passa a dirigir o Teatro Net/Rio. Fazia o que mais gostava: pensar arte.

Amiga, o peito dói, as lágrimas são inevitáveis, saudades imensas de você e da sua risada gostosa, mas tenho certeza que você está bem e o seu caminho será de paz e de muita luz!

Postagem de Aida Campos na página do Facebook/MTéSERGIPE, em 20 de setembro de 2013.

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