domingo, 30 de novembro de 2014

Antiga foto da Praça Fausto Cardoso, em Aracaju

Antiga foto da Praça Fausto Cardoso, em Aracaju/SE.
Destacando o Ponto dos "Carros de Praça".
Foto reproduzida do blog: coisasdoestadodesergipe.blogspot
De: Amarildo Rezende.

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 25 de novembro de 2014.

Homenagem a José Carlos Teixeira


Publicado originalmente no Facebook/Antônio Samarone, em 28/11/14.

Homenagem da Academia Itabaianense de Letras a José Carlos Teixeira

A Academia Itabaianense de Letras prestou justa homenagem a José Carlos Teixeira. O homenageado, de família itabaianense, nasceu em Aracaju em 03 de maio de 1936, na casa de sua avó Isabel, na Rua de Itabaiana, 258. Filho de Dona Alda Mesquita Teixeira e Oviêdo Teixeira. Registrado pelo pai como nascido em Itabaiana. Casado com Maria Eugênia Fontes Souza Teixeira, com quem teve 4 filhas: Simone, Suiene, Solange e Eugênia.

Participou da fundação da Aliança Francesa, ao lado de outros intelectuais e da professora Monique Rolland. Em 1951, sob a liderança do professor Feltre Bezerra, ao lado de Cândida Ribeiro (professora), Genaro Plech (maestro), Marcos Ferreira de Jesus (farmacêutico e Prefeito de Aracaju), Hilton José Ribeiro (comerciante), José Carlos Teixeira ajudou na criação da Sociedade de Cultura Artística de Sergipe (SCAS), depois dirigiu a entidade, ao lado de Clodoaldo Alencar, Alberto Carvalho, Bonifácio Fortes, entre outros.

A SCAS foi um referencial na vida cultural de Sergipe, nas décadas de 1960 e 1970, do século passado. A SCAS publicou livros, promoveu oficina de teatro, trouxe para Sergipe concertos, corpos de baile, orquestras, o esforço de José Carlos Teixeira colocou Aracaju na rota nacional dos eventos artísticos.

Na política, foi fundador do MDB a nível nacional, e liderou o Partido nos tempos sombrios da ditadura. O AI-2, de outubro de 1965, extinguiu os 13 Partidos Políticos existentes, criando a ARENA e o MDB.

Em Sergipe, a ARENA foi pequena para caber todo mundo, os 32 deputados estaduais, todos os Senadores, ex Governadores, etc. Ficaram de fora, Seixas Dória (preso) e três Deputados Federais, Ariosto Amado, Walter Batista e José Carlos Teixeira; e dois Prefeitos, José Costa (Moita Bonita) e Jose Lavres (Pedra Mole). José Carlos Teixeira foi um dos 200 signatários que ajudaram a fundar o MDB nacionalmente.

Poucos tiveram a coragem cívica em participar do ato de fundação do MDB em Sergipe, naquela histórica noite de 24 de março de 1966, no Cinema Rio Branco. Entre os que aceitaram, citamos Viana de Assis, Tertuliano Azevedo, Eraldo Lemos, Walter Batista, Baltazar Santos, Jaime Araújo, José Lavres, José Costa, Umberto Mandarino, Otávio Penalva, Pedro Garcia Moreno (Itabaiana).

Texto e foto reproduzidos do Facebook/Antônio Samarone.

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 29 de novembro de 2014.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Escudo (bóton), do Colégio Nossa Senhora de Lourdes

"Angela Margarida, a minha esposa, guarda com muito carinho esse escudo (bóton) que fazia parte da farda do colégio onde estudou nos anos 50-60, o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, pertencente à Congregação das Sacramentinas". (Gil Ramalho).

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 23 de novembro de 2014.

Músicos sergipanos falam do legado artístico de Clemilda

Foto: Reprodução/TV Sergipe.

Publicado originalmente no G1SE., em 26/11/2014.

Músicos sergipanos falam do legado artístico de Clemilda
Cantora faleceu na madrugada desta quarta-feira (26).
Artistas destacam trabalho da forrozeira.

Para cantores, compositores e músicos sergipanos esta quarta-feira (26), está sendo de despedida. Amigos dos palcos e de vida, falam do legado deixado pela cantora Clemilda , que morreu nesta madrugada no Hospital Primavera, em Aracaju, onde estava internada há quatro mese e realizava tratamento contra problemas no coração e pulmão.

“Clemilda além de ter sido uma das maiores referências da história musical produzida e desenvolvida em Sergipe, uma das artistas mais importantes a nível de Nordeste e de Brasil. Considerando que Luiz Gonzaga desenvolveu um trabalho na década de 50 e que reflete até os dias de hoje, Clemilda desponta na década de 60 como uma das principiais interpretes da música nacional a nível de Anastácia, Carmélia Alves, dentro do estilo, da alegria e do bom humor se tornaram eterno em nossa memória. Por toda sua contribuição por Sergipe, reconhecemos o seu valor para nossa cultura, o Museu da Gente Sergipana está prestando homenagem a ela e o tradicional ‘Casarão da Clemilda’ . Um legado imensurável. Uma perda física, mas um ganho memorial pela sua representação”, destacou cantora Amorosa.

“Perdemos a nossa grande representante da musica nordestina, infelizmente os nossos ídolos estão sendo chamados por Deus. E essa nova geração é mais comercial. Perdemos uma grande artista”, disse Valtinho do Acordeon.

“Minha primeira relação com Clemilda foi através do rádio, eu ouvia o programa de rádio ‘Forró no Asfalto’ quando Jerson Filho era vivo e acompanhei as músicas que falavam de Propriá e os forrozeiros da época. Depois de algum tempo, entrei no mundo da música e tive a oportunidade de está próximo dela. Pra mim ela não vai embora, vai ficar por aqui, cantando. Clemilda será sempre pra mim a ‘Madonna do forró’”, diz o cantor Antônio Carlos Du Aracaju.

“Minha relação com Clemilda sempre foi muito boa e quando eu lancei meu primeiro disco em 1984, o primeiro programa que me apresentei foi no ‘Forró no Asfalto’. Eu saia de Carira com muito orgulho para gravar o programa e nossa amizade ficou consolidada, uma pessoa maravilhosa. Estive no hospital visitando minha amiga e é uma perda muito grande para a música mundial, com o sucesso que até hoje marca nossos corações, “Prenda o Tadeu”, diz o cantor Erivaldo de Carira.

“ Ela era uma grande pessoa e uma artista que serviu e servirá de referência para os artistas sergipanos, que através da sua música ela atuou de forma expressiva na difusão da nossa cultura. Que o seu trabalho e legado se mantenham vivos na memoria de todos os sergipanos”, Vinicius Nejain vocalista da banda Xote e Baião.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 26 de novembro de 2014.

Genival Lacerda e Anastácia recordam momentos com Clemilda


Genival Lacerda e Anastácia. Fotos: Reprodução/TV Sergipe.

Publicado originalmente no G1SE., em 26/11/2014.

Genival Lacerda e Anastácia recordam momentos com Clemilda
Forrozeira morreu na madrugada desta quarta-feira (26).
Corpo será sepultado no Cemitério São João Batista em Aracaju.

Fredson Navarro e Joelma Gonçalves
Do G1 SE

Os cantores Genival Lacerda e Anastásia ficaram muito sentidos com a notícia da morte de Clemilda nesta quarta-feira (26) em Aracaju, e homenagearam a forrozeira recordando momentos que passaram com ela.

Genival disse ao G1 que Clemilda era e grande representante da música nordestina. “Ela fez sucesso com o seu estilo, foi sensacional e deixa saudades. Fizemos muitos shows juntos na Bahia e Sergipe e a alegria dela era contagiante. Cantamos juntos e nos divertimos bastante. Agora ela se une a Dominguinhos, Jackson do Pandeiro e Marinêz”.

A alegria de Clemilda também foi lembrada por Anastácia. “A lacuna fica aberta porque só ela animava o forro daquele jeito bem aconchegante. Ela era sempre sincera e falava o que pensava. Ela batalhou muito para conquistar o seu espaço. A ala feminina da velha guarda’ do forró era formada por mim, Clemilda e Marinêz. Elas partiram mas eu continuo fazendo a nossa música em homenagem das duas. Fomos felizes juntas e a saudade fica”.

Clemilda morreu aos 78 anos durante a madrugada em virtude de complicações pulmonares. Ela estava internada em um hospital particular havia cinco meses. O corpo dela está sendo velado na Rua Itaporanga, Centro de Aracaju, e será sepultado no Cemitério São João Batista no fim da tarde.

Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 26 de novembro de 2014.

Morre a cantora Clemilda, ícone da música nordestina

Foto: Secult/Divulgação.

Publicado originalmente no G1SE., em 26/11/2014.

Morre em Aracaju a cantora Clemilda Ferreira, ícone da música nordestina.
Ela enfrentava complicações de um derrame cerebral e pneumonia.
Com 50 anos de carreira, Clemilda cantou sucessos do forró.

Marina Fontenele e Joelma Gonçalves
Do G1 SE.

A cantora Clemilda Ferreira da Silva, de 78 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (26) em um hospital particular de Aracaju. A forrozeira enfrentava complicações de um segundo Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em maio deste ano, desde então ela passou por vários hospitais, inclusive por Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O estado de saúde se complicou com a ocorrência de uma pneumonia. Ela tinha ainda histórico de hipertensão e Parkinson.

O corpo vai ser velado na manhã desta quarta-feira (26) na Osaf localizada na Rua Itaporanga, 436, no Centro de Aracaju. O enterro está previsto para acontecer às 16h no Cemitério São João Batista que fica na Avenida São João Batista, no bairro Ponto Novo, também na capital.

Apesar de alagoana, a forrozeira que é considerada 'Rainha do Forró' se consagrou como um dos maiores ícones da música sergipana com 50 anos de carreira, gravação de 40 discos e seis CDs. Ela tem dois discos de ouro e dois de platina.

Em 1985, Clemilda ficou conhecida nacionalmente após o sucesso ‘Prenda o Tadeu’. Nesse mesmo ano ganhou o primeiro Disco de Ouro e em 1987, e o segundo prêmio veio com o LP ‘Forró Cheiroso’, mais conhecido como ‘Talco no Salão’.

Biografia:

Nascida em 1936 no interior de Alagoas, Clemilda foi para o Rio de Janeiro aos 20 anos de idade e lá começou a frequentar programas de rádio, o que despertou o interesse dela pela música. O timbre inconfundível lembra a voz do nordestino nas cantorias populares.

Em 1965 a forrozeira conseguiu espaço para cantar em um programa de rádio onde conheceu Gerson Filho, tocador de fole de oito baixos e também alagoano, com quem se casou e teve dois filhos, que lhe deram cinco netos. Clemilda fez shows por várias partes do país, mas ao ver em Sergipe o sucesso do disco ‘Rodêro Novo’ ela acabou fixando moradia no estado.

Clemilda fez várias participações em discos do marido, mas somente em 1967 lançou carreira solo e se consolidou como ícone da música nordestina. Ela participou ainda de vários programas da Rede Globo como o Cassino do Chacrinha e apresentou por mais de 35 anos o programa Forró no Asfalto em uma rádio pública de Aracaju.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 26 de novembro de 2014.

Luto: morre Clemilda, a Rainha do Forró

Foto: Arquivo Portal Infonet.

Infonet - Cultura - Noticias - 26/11/2014.

Luto: morre Clemilda, a Rainha do Forró.
A cantora e compositora estava internada desde o mês de julho

Morreu na madrugada desta quarta-feira, 26, a cantora e compositora Clemilda, que enfrentava sérios problemas de saúde e estava internada em um hospital da rede privada desde o mês de julho, quando foi acometida por uma pneumonia.

A morte de Clemilda, segundo a cantora e compositora Amorosa, foi registrada por volta das 4 horas da madrugada no mesmo hospital, onde chegou na tarde do dia 11 de julho deste ano. O velório será realizado no velatório da rua Itaporanga, em Aracaju, e o sepultamento está previsto para às 16 horas, no cemitério São João Batista.

Clemilda era viúva do também forrozeiro Gerson Filho, falecido em 1994, e deixa dois filhos, entre eles Robertinho dos Oito Baixos, que herdou o talento musical.

Nascida no Estado de Alagoas, Clemilda escolheu Sergipe para construir sua vida emocional e profissional. Em 50 anos de carreira, a musa do forró lançou 40 LPs e seis CDs, todos de forró. Ela também recebeu dois discos de ouro e dois de platina.

Entre os maiores sucessos que retratam a cultura nordestina, na voz de Clemilda, estão ‘Prenda o Tadeu’ e ‘Forró Cheiroso'. “Clemilda foi uma das mais importantes cantoras da história nordestina”, considerou Amorosa. “Clemilda esteve no mesmo patamar de Marinez e de Carmélia Alves, considerada a Rainha do Baião, e também de Anastácia. Uma das intérpretes que conseguiu popularizar a música nordestina”, ressaltou.

Por Cássia Santana.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 26 de novembro de 2014.

Cineasta Isaac Dourado recorda convivência com Clemilda

 Foto reproduzida pelo site: liberdadefm.com.br

Clemilda e o Diretor do curta,
"Morena dos Olhos Pretos", Isaac Dourado.
Foto: Divulgação.

Publicado originalmente no G1SE., em 26/11/2014.


Cineasta Isaac Dourado recorda convivência com a cantora Clemilda.
Forrozeira morreu na madrugada desta quarta-feira (26).
Corpo será sepultado no Cemitério São João Batista em Aracaju.

Do G1 SE.

O cineasta sergipano Isaac Dourado, idealizador do longa metragem ‘Morena dos olhos pretos’, falou sobre o tempo de convivência com a cantora Clemilda, que faleceu na madrugada desta quarta-feira (26), aos 78 anos, em decorrência de problemas no coração em pulmão.

“O nosso primeiro contato foi em outubro de 2011, quando fomos apresentados pela a minha irmã e falei sobre a ideia inicial de fazer um curta metragem, que acabou virando um longa devido a quantidade material coletado”, recorda.

“ Foram anos de convivência e revelações sobre a sua vida, seu casamento e o inicio da sua carreira. Tudo isso, com muita simplicidade deixando a porta de sua casa sempre aberta para todos da equipe”.
O cineasta acompanhou e pesquisou a vida de Clemilda, que segundo ele, era uma pessoa muito espontânea e nada apegada a fama. “ Ela não guardava troféus, discos ou reportagens sobre a sua carreira.

Precisamos fazer um grande trabalho para reunir os materiais necessários para fazer o longa”, lembra.

E nem a proposta de ser tema de um filme fez com que ela mudasse o seu jeito simples. “Pedi várias vezes para mostrar o que estava gravado para ela, mas a reposta era sempre a mesma: só não me mostre porque eu não gosto disso, dizia Clemilda, com bom humor".

A expectativa de lançamento do filme que contra a trajetória da forrozeira é que ele chegue às telas inicialmente através de festivais em 2015. “Clemilda é uma bandeira da cultura nordestina. Uma referência para todos nós, assim como foi Luiz Gonzaga e outros. Ela levou o nome de Sergipe, mesmo sendo alagoana e merece que todos conheçam o seu legado”, finalizou.

Texto reproduzido do site: g1.globo.com/se

Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 27 de novembro de 2014.

Artistas e populares homenageiam Clemilda



Publicada originamente Jornal do dia Online, em 27/11/2014.

Artistas e populares homenageiam Clemilda.

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br

"Depois de morto, acabou". Em outro filme, a sentença proferida pela forrozeira Clemilda, logo nos primeiros minutos do longa metragem Morena dos Olhos Pretos (2014), poderia soar oportunista. No documentário dirigido por Isaac Dourado, ao contrário, o desaforo desmascara a pieguice das homenagens tardias e abençoa o intento do diretor. Um tabefe nas fuças de uns e outros. Sem meias palavras. Em alto e bom som.

Apesar de ancorado na trajetória musical de Clemilda, Morena dos Olhos Pretos presta um tributo ao conjunto dos operários da cultura popular nordestina - Uma faina pesada, cuja recompensa usual está muito aquém da alegria proporcionada a tanta gente, Brasil afora. Coroado pelo aplauso e por uma popularidade sem precedentes entre os nossos, o caminho da forrozeira sergipana não nega a poeira que venceu o talento de tantos outros. Antes, a revela.

São muitos os temas subjacentes à trama costurada por Dourado, por meio de depoimentos colhidos junto a comunicadores e aos maiores nomes do forró nordestino de então ao longo do filme. Embora não se preste a tal propósito, o documentário poderia amparar, por exemplo, uma discussão muito oportuna a respeito da cegueira e influência dos meios de comunicação de massa no gosto médio da população. O papel do Estado no amparo aos valores de determinado lugar também é abordado, en passant. E por aí vai. Vida e morte, o duelo fundamental, no entanto, pontua a maior parte dos testemunhos.

Entre tantas declarações emocionadas, o desabafo da cantora Amorosa se destaca. Sempre contundente, ela defende que nenhuma homenagem substitui a altura do palco negado pelo poder público local a Clemilda. Eu assino embaixo. Tapinhas nas costas não pagam as contas no fim do mês.

Curto e grosso, o filme de Dourado vai direto ao ponto. Em um ambiente obsedado pelos sinais mais superficiais do sucesso, a história de Clemilda faz uma advertência sobre as motivações que impulsionam o exercício criativo em nossos dias. Pra bom entendedor, meia palavra basta.
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Uma nota triste - A cantora Clemilda perdeu na madrugada de ontem a batalha de vida e morte que enfrentava desde o último 11 de julho, quando deu entrada em um hospital particular da capital sergipana. Apesar da consternação popular, que reclamava o aparelho público e honras de chefe de Estado, foi velada e enterrada como a gente simples que a inspirava. No céu, especula-se, as homenagens teriam sido mais efetivas.

Texto e imagens reproduzidas no site: jornaldodiase.com.br
Postagem originária da página do Facebook/Grupo MTéSERGIPE, de 27 de novembro de 2014.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ex-moradora de rua vence barreiras e se torna professora...


Publicado originariamente no site "Mais Carira", 15/ago/2013.

Ex-moradora de rua vence barreiras e se torna professora universitária

Mudança é uma palavra que não assusta Marta Batista, ex-moradora de rua e hoje professora universitária em Aracaju. Com capricho e dedicação ela coleciona diplomas de psicóloga e assistente social, além da busca pela conclusão do mestrado. Os méritos alcançados tiveram como direção a superação diária de seus limites.

Antes de completar três anos de idade ela foi encontrada por Miguel José de Souza, de 17 anos, no Mercado Municipal de Aracaju. “Era véspera de São João. Eu estava com a minha mãe e irmão pedindo às pessoas algo para comer. Quando ele apareceu e passou a me observar enquanto eu brincava na lama com uma varinha de pau. Ele acabou comprando um sorvete para mim”, lembra.
“Ao permanecer mais tempo comigo se deu conta que minha mãe estava gelada e havia falecido. E resolveu me levar para sua casa. Mesmo não aceitando a nova surpresa do filho a mãe dele cuidou dos meus ferimentos. Eu estava com bicho de porco nos pés e nas mãos, além de ferimentos em todas as partes do corpo. Era tão sério que foi necessário pedir ajuda na farmácia”.

Depois de resgatada das ruas ela permaneceu por pouco tempo na casa de Miguel, enquanto a mãe do rapaz arrumava um outro destino para ela. “Uma vizinha por piedade da situação aceitou ficar comigo, mas foi por pouco tempo, já que duas semanas depois ela se mudou para o Rio de Janeiro e me colocou num orfanato onde passei a ter nome em documento de Maria Batista”.

No novo endereço Maria conviveu com 25 crianças, e dessa fase uma das lembranças mais presentes era a falta de visitas e a necessidade de carinho. “Toda vez que os pais visitavam os filhos eu ficava afastada calculando o momento exato para pular no colo de algum deles e conseguir carinho. Os meus amigos já sabiam disso e falavam: Marta não pula no colo da minha mãe não, com ciúmes”, revela entre risos.

“Eu era a única que ninguém visitava. A senhora que me registrou e colocou no orfanato fez a primeira visita quando eu já tinha 12 anos. Antes disso, descobri o telefone dela e passei a ligar, quando era possível”, completa.

Quem me visitou no orfanato, quando retornou do exército, foi o Miguel. “Eu não me lembrava dele. Quando ele contou toda essa história, eu disse que ele mentia e que eu tinha mãe Depois disso, ele foi embora”.

Reviravolta.

O orfanato também trouxe esperança e alegria. O apoio que ela recebeu no orfanato onde permaneceu até os 18 anos foi fundamental para o seu crescimento pessoal. Foi lá que ela concluiu o ensino fundamental e médio, além de cursar o técnico de enfermagem. “Agradeço cada momento lá dentro. Tive o necessário e a lição mais clara de igualdade. Os pais só podiam levar presentes se tivessem condições de comprar para todas as crianças”, detalha.

Nesse período ela também desenvolveu o excesso de dedicação aos estudos e rendeu títulos a Marta. “Eu não tive as mesmas oportunidades de estudo da maioria das pessoas da faculdade. Mas via nisso o combustível para devorar livros e alcançar o nível desejado”, ressalta.

Com o curso técnico, ela conseguiu emprego e pagou a primeira faculdade. Não sobrava tempo para tantas atividades. “Era o estágio, trabalho e faculdade. Nunca fiquei sem ocupação. Até hoje divido o meu tempo entre a família, o meu consultório e a sala de aula, onde sou professora universitária”, revela.

Aos 32 anos, ganhei a minha certidão de nascimento, passei a ser Marta Batista de Souza e descobri que tinha uma família com quatro irmãos” Marta Batista.

Reencontro.

Marta se casou aos 26 anos e depois de tantas superações ela resolveu reencontrar quem lhe privou das ruas. “Há oito anos localizei o Miguel”, que hoje representa o seu pai e sua família.

“No primeiro dia das crianças que passamos juntos ele me deu um envelope com um papel. Antes de abrir, pensei que fosse qualquer coisa menos a minha certidão de nascimento com o sobrenome dele. Aos 32 anos eu passei a ser Marta Batista de Souza e descobri que tinha uma família com quatro irmãos”, conta emocionada.

Seguindo o exemplo do pai de coração, ela também deseja adotar uma criança. “Estou na lista de espera há três anos para adoção. É uma pena que tudo seja tão burocrático e demorado”, lamenta, sem pensar em desistir.

“Me tornei forte para enfrentar a vida. Da maneira que ela é. E tenho a certeza que ela é difícil para qualquer um. Não acho que sou uma heroína com essa história. Eu só tentei. E tenho certeza que existem várias dessas histórias por aí. Só falta divulgação”, finaliza Marta Batista de Souza.

Fonte: G1 Sergipe.

Texto e imagem reproduzidos do site: maiscarira.com.br
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 24 de novembro de 2014.

sábado, 22 de novembro de 2014

José Roberto Santos, conhecido como Beto Pezão

Obra do artesão: Beto Pezão
Técnica/material: Cerâmica - Argila Terracota
Descrição: Peça feita de argila terracota
Fonte: nailsondeoliveiramoura.blogspot

José Roberto Santos, conhecido como Beto Pezão, nasceu em 11 de dezembro de 1952 em Santana do São Francisco (SE), antiga Carrapicho, onde viveu até os 19 anos. O apelido deve-se a uma característica marcante em seu trabalho: suas esculturas possuem os pés grandes. Segundo ele, algumas imagens careciam de estabilidade, por isso alongou os pés para aumentar a sustentação.

Sob a influência do pai, que também era escultor e trabalhava com argila, com seis anos de idade Beto já fazia suas primeiras peças e aos nove já as comercializava na feira. Mas seu estilo só se tornou conhecido a partir de 1972. Inicialmente foi bastante criticado por seu pai que, ao ver pela primeira vez, perguntou-lhe se se tratava de uma doença. Embora tendo ficado bastante desapontado com as críticas, não desanimou e logo percebeu que o seu trabalho tomava um novo rumo. O seu estilo não demorou muito a ser aceito pelas pessoas e divulgado pela mídia como obra de arte.

Dos suaves movimentos de suas mãos surgem preciosas peças. Modeladas no barro e com traços marcantes retratam a vida do nordestino ou são imagens sacras. São únicas e fazem parte do acervo de colecionadores do mundo inteiro.

Texto e imagem reproduzidos do site: artesanatosustentavel.com.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 20 de novembro de 2014.

Sergipe é um estado rico em artesanato


Publicado originalmente no site Destaque Comunicação, em 25/02/2013.

Sergipe é um estado rico em artesanato.

O artesanato, cuja técnica é transmitida de geração a geração, é uma forma de trabalho espalhada por grande parte do território sergipano. Entre as peças, há aquelas que se destacam pela beleza e riqueza de detalhes, como é o caso da renda irlandesa, confeccionada no município de Divina Pastora. Além disso, o visitante poderá encontrar verdadeiras preciosidades que demonstram a criatividade do artesão sergipano, capaz de inovar sem que sua obra perca as características típicas.

A cerâmica de Santana do São Francisco, antiga Carrapicho, reúne comunidades de artesãos. A principal fonte de renda do município é o artesanato de argila e sua confecção envolve adultos e crianças. A maior parte da produção é utilitária e constituída de moringas, potes, vasos, panelas e pratos que são vendidos a granel nas feiras. A cerâmica figurativa retrata o homem rural e seu modo de vida. Entre os ceramistas destacam-se Beto Pezão, natural de Santana de São Francisco, porém residente em Aracaju, e Judite Santeira, do município de Estância.

Além da renda irlandesa e da cerâmica, a cestaria é outro tipo de artesanato encontrado em Sergipe. A prática veio de herança indígena e africana (como a cerâmica) e utiliza como matéria prima, cipó, taquara, junco, fibra e palha de palmáceas. São confeccionados, entre outros, caçuás, balaios, cestas, bolsas, chapéus e esteiras.

Todavia, é no setor de bordados e rendas, que o artesanato sergipano ostenta grande produção. É freqüente observar, em vilarejos e povoados, mulheres sentadas em frente às suas casas bordando. O bordado característico de Sergipe é o rendendê, associado ou não ao ponto de cruz. O rendendê é produzido nos municípios de Própria, Malhada dos Bois, Cedro de São João, Aquidabã, Tobias Barreto e Lagarto. Há bordados de considerável refinamento quanto ao desenho, combinação de cores e acabamento. São produzidas toalhas e caminhos de mesas, colchas, panos de prato, blusas, entre outros.

Ainda é possível encontrar no sertão do estado, mais precisamente no município de Poço Redondo, as rendas de bilro, peças de madeira compostas de uma haste com a extremidade em forma de bola ou fuso, que recebe o nome de 'cabeça de bilro'.

Arte de couro - O artesanato de couro está ligado à vida sertaneja. Chapéus, apetrechos de montaria, gibão, sandálias, além de cintos e carteiras. Além do couro, a madeira também é utilizada para confecção de utensílios, como colheres de pau e gamelas de todos os tamanhos, tamboretes, apitos de chamar passarinhos e produção figurativa.

No artesanato de madeira, o destaque cabe a Cícero Alves dos Santos, nome de batismo do artista conhecido como "Veio". O artesão mantém, a 8 km da sede do município de Nossa Senhora da Glória, na Rodovia Engenheiro Jorge Neto, um museu a céu aberto. É o 'Sítio Sóarte', com suas esculturas gigantes iluminadas pelo sol da caatinga. Escultor intuitivo, "Veio" usa o canivete e o formão para fazer emergir de troncos e galhos retorcidos de mulungu ou jurema, catados na região, totens, carrancas, animais e figuras humanas. Suas esculturas são despojadas, rústicas e de vigorosa expressividade.

Há ainda toda uma produção artesanal voltada para as brincadeiras de criança, como o mané-gostoso, pião, bonecas de pano, carrinhos de lata ou madeira, panelinhas de barro e outros utensílios de cozinha, miniaturas de mobiliários, além de cavalos e bois, que transportam o mundo dos adultos para o faz-de-conta infantil.

Os municípios sergipanos que se destacam pelo artesanato são: Santana do São Francisco, Simão Dias, Cedro de São João, Aquidabã e Própria. Em Aracaju, o artesanato de todo o estado pode ser encontrado no Centro de Turismo, no Mercado Central, no Centro de Arte e Cultura da Orla de Atalaia e na feirinha da Praça Tobias Barreto.

Fonte: Portal de Sergipe.
Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 20 de novembro de 2014.

domingo, 16 de novembro de 2014

Homenagem a Pinduca


Infonet - Blog Luíz A. Barreto - 02/12/2006.

Homenagem a Pinduca
Por Luíz Antônio Barreto.

Desde o ano passado, quando sugeri ao prefeito Marcelo Deda uma Medalha comemorativa dos 150 anos Aracaju ao maestro Luiz D’Anunciação, ou apenas Pinduca, músico que tem parte de sua vida ligada, com intimidade, à história do rádio e dos clubes aracajuanos, que a eficiente responsável pelo Cerimonial da Prefeitura anunciou que a honraria seria outorgada. O tempo passou, e com ele a festa da cidade, e Pinduca não foi agraciado. Agora, a Sociedade Filarmônica de Sergipe fez o resgate justo e, na modéstia das suas possibilidades, prestou a homenagem da entrega de uma placa, significando o apreço, o reconhecimento, a admiração da parte da cidade que a SOFISE representa, músicos, cantores, maestros, e outros artistas, ao grande músico.

Luiz D’Anunciação nasceu em Própria, em 1928 e desde menino aprendeu a tocar com o seu pai, na banda local. Aos 8 anos tocava piano e assombrava os ouvintes, sendo trazido para Aracaju e mostrado, com sua precocidade, como um artista talentoso e de futuro. Cresceu com a música e formou, ao lado de jovens de sua idade para mais velhos, grupos musicais que marcaram época na capital sergipana. Murilo Mellins, seu primo e contemporâneo, brilhante memorialista de Aracaju, encarregado pela professora Olga Andrade, dirigente da SOFISE, percorreu as ruas do passado, cassinos, clubes, reuniões, farras, festas, tudo enfim que emoldurava a vida da cidade. Pinduca, com sua Rádio Orquestra, esteve no centro dessa geração que ganhou notoriedade com a instalação, pelo Governo estadual, da Rádio Difusora ( hoje Aperipê), instalada inicialmente no Palácio do Governo, para servir de comunicação ao DEIP – Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda – instrumento do Estado Novo, e depois, em prédio compartilhado com o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

Tempos bons, de Alberto Horácio Bissextino de Carvalho Teles, simplesmente Bissextino, baterista, cantor, nascido em 29 de fevereiro de 1924, que também foi Escrivão, já falecico; Urcino Fontes de Araújo Góis, o Carnera, nascido em Boquim, em 26 de julho de 1920, reinventor do modo de tocar violão, vida longa, morto há pouco tempo; Cláudio Silva, nascido em Riachuelo, em 30 de outubro de 1903, era o mais velho do Grupo e tinha a família, a começar por Wolney Oliveira Silva, que nasceu em 15 de abril de 1932, foi locutor da Voz da América, emprestou sua voz a eventos especiais no Rio de Janeiro e morreu, de repente, no trânsito carioca, deixando mais dois irmãos ligados ao rádio: José Romário e Paulo Silva; Oscar Pessoa dos Santos, o “Seu” Oscar, pandeirista, diretor de Escola de Samba, presença freqüente nos auditórios das rádios sergipanas, vítima de preconceito, porque apresentado como “o pretinho da alma branca. “Seu” Oscar era, também, de Riachuelo, e nasceu em 21 de fevereiro de 1914. Outros nomes surgiram: João Melo, o cantor máximo de Sergipe, criado em Boquim, José Santos Mendonça, Arnulfo Santos Santana, José Ribeiro, com o pseudônimo de Sodré Júnior, de uma família de radialistas e radiologistas, Nelson Souza, que nasceu na Bahia e fez rádio e política em Sergipe, Alfredo Gomes, e muitos e muitos outros, que trafegaram nos mesmos espaços, e reuniram o que de melhor Sergipe produzia naquele tempo, e que digam Carvalhal, José Moreira, e o próprio Pinduca.

Mais do que um músico de múltiplas faces, capaz de sair da Bahia, onde fazia sucesso, para comprar um instrumento usado, em Aracaju – um Vibrafone -, enfrentando a má vontade de Augusto Luz, arrendatário da Rádio Difusora, Pinduca estudou, buscou aperfeiçoar-se, no País e no exterior, exercendo longo tempo de maestria em orquestras nacionais, estúdios de gravação, programas de rádio e de televisão, construindo uma biografia de sucesso, desdobrada, nas últimas décadas, em estudos e publicações que revelam as qualidades e as singularidades dos instrumentos populares, de percussão, identificando os sotaques diferenciados, que têm maravilhado os ouvidos do mundo.

O Pandeiro e o Berimbau, dentre outros, são os instrumentos que o maestro Pinduca estuda, como atesta o seu mais novo livro – Os instrumentos típicos brasileiros na Obra de Villa-Lobos (Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Música, 2006), edição bilíngüe, português-francês, acompanhada de um CD do músico, com o mesmo título.

Na sua vinda a Sergipe, para receber a homenagem da SOFISE, o maestro Pinduca apresentou seu novo livro, encontrou velhos amigos, e ficou feliz pelas horas que a festa permitiu evocar do passado, povoadas por muitas lembranças.

Texto e foto reproduzidos do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 16 de novembro de 2014.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Escola de Dança - Studium Danças de Lu Spinelli


Publicado originalmente no Facebook/Linha do Tempo/Mario Resende,
em 7 de novembro de 2014.

O mundo artístico e cultural de Sergipe foi pego de surpresa com o anúncio do possível fim da Escola de Dança Studium Danças. Fruto do valor, da persistência, da perseverança, competência, do amor a arte da sua fundadora, a professora Lu Spinelli, a escola de Dança mais antiga de Aracaju, após quatro décadas e meia, pode encerrar suas portas nesse ano de 2014. E não o fará por falta de alunos, de prestígio e respeito na sociedade aracajuana. Conforme palavras de Lu: "chegou a hora!". Mas o que será das horas nessa cidade sem a presença do mais intenso e longevo instituto cultural, ligado a arte da Dança, quando definitivamente ocorrer o seu fim?

Lu chegou em Aracaju ainda uma menina moça, lá pelo início dos anos 70. Na cidade plantou e colheu seus frutos, viveu seus amores, formou sua família, angariou uma multidão de fãs. É uma professora respeita e competentíssima, da qual orgulhosamente fui aluno. Se constituí numa Barsa sobre a Dança no mundo e no Brasil. Ainda não consigo imaginar a cidade de Aracaju sem a sua mais antiga Escola de Dança. Enquanto a ficha vai caindo, homenageio Lu Spinelli com um poema de Edimilson Pereira, um poeta mineiro, em versos do poema intitulado: “O que danças?”

“Um corpo se não diz a que veio/ não nos interessa./ Ainda que resuma a noite em sol, Não vale mais que ímã para os rastros./ Porém, se erra entre vizinhos e estrangeiros/ é um caniço para toda música – a cicatriz desse corpo são os ofícios que aprende”.

“Um corpo, se não diz a que veio não veleja em outro, /ainda que resuma o dia em lua, /não vale mais que um asilo para os rastros. (...) Um corpo que diz a que veio /erra entre os vizinhos e os nômades/ é um caniço para toda música”.

Que a professora Lu Spinelli continue, em Aracaju e no mundo, com seu corpo-arte-vida--dança, inspirando a humanidade e sendo música para os ouvidos dos que amam a dança!

Texto e foto reproduzidos do Facebook/Mario Resende.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 12 de novembro de 2014.

O poeta Hunald Fontes de Alencar lança livro


Publicado originalmente no Facebook/Linha do Tempo/Amaral Cavalcante, em 10 de novembro de 2014.

O poeta Hunald Fontes de Alencar lança livro

Foi bom ver o poeta Hunald Alencar ativo e altivo, conquistando novos públicos para a sua poesia certeira, sua exigente elegância poética sendo absolvida, didática e necessária, pela mais nova geração.

Ele tem escolhido o teatro, o conluio com a emoção dos atores que, de certo modo, sempre foram os intérpretes ideais da poesia, para dar voz e performance ás suas invenções.
Fui hoje ao lançamento do seu novo livro, “Quatro Monólogos Trágicos” e o que eu encontrei lá, na gente que o cercava, foi o futuro.

Fiquei feliz ao ver que esse poeta, tão importante na minha formação, continua formando novas gerações de leitores e admiradores, fieis seguidores do seu estro , como eu e muitos da nossa geração.
O que não podemos admitir é a obsolescência!

Amaral Cavalcante.

Texto e foto reproduzidos do Facebook/Amaral Cavalcante.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 12 de novembro de 2014.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Preservar é preciso.


Publicado originalmente no Jornal da Cidade.Net, em 06/06/2014.

Preservar é preciso.
Quem se interessa por arquitetura deve ter prestado atenção que Aracaju já tem poucos imóveis com fachadas antigas.
Por: JornaldaCidade.Net

Quem se interessa por arquitetura deve ter prestado atenção que Aracaju já tem poucos imóveis com fachadas antigas. No centro da cidade, onde no passado era o reduto dos casarões de época com maior expressão do neoclassicismo, muitas casas vêm sendo derrubadas de modo desenfreado e com finalidades estritamente comerciais. Muitas delas se tornaram estacionamentos, outras viraram agencias bancárias, clínicas, ou até alvo da marginalidade. É o caso do casarão de Dr. Augusto Leite, na avenida Barão de Maruim, que virou a agencia da Caixa, é o caso da casa da família Freire, que virou a agência do Banese, na mesma avenida, além de outras tantas que deixaram de existir dando lugar a um terreno para estacionamentos.

A causa para essa falta de preservação está na omissão de tombamentos. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) jamais reconheceu um bem sequer de Aracaju como patrimônio oficial. Por outro lado, o governo municipal nunca tombou nenhum imóvel na cidade, e as determinações legais do Plano Diretor Municipal também não são suficientes para impedir a descaracterização de obras ou imóveis que marcaram a paisagem da capital sergipana.

A professora Terezinha Oliva, superintendente do IPHAN em Sergipe explica que há alguns anos existia uma visão de que só deveriam ser tombados aqueles imóveis públicos ou privados que apresentassem traços coloniais. “Como Aracaju é uma cidade que surgiu no século XIX e tem sua estrutura arquitetônica marcada pelos estilos modernismo, pós-modernismo e contemporâneo então não havia como se tombar nada”. No entanto, a professora admite que hoje a visão do instituto mudou e já existe um estudo para preservação de bens considerados relevantes para o país. È o caso da estação ferroviária e do próprio Palácio Olimpio Campos, que por enquanto ainda estão descobertos.

A professora acrescenta que foi desenvolvido um plano de ação para cidades históricas que serão beneficiadas com projetos de tombamento. É o caso de Aracaju, onde as ações se darão sobre o centro da cidade.

Na verdade, o que existe em Aracaju são imóveis considerados de interesse histórico-cultural pelo Plano Diretor de Aracaju, como: O Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a Biblioteca Pública (atual Arquivo Público do Estado), a Associação Atlética de Aracaju, o Edifício dos Correios e Telégrafos e o Palácio Serigy. No entanto, até o momento nenhum deles foi tombado pelo município.

Sem um impedimento legal e com a enorme crise de vagas nas ruas estreitas do centro de Aracaju, o que acontece é que muitos imóveis antigos passaram a ser demolidos na calada da noite e nos fins de semana (onde não existe fiscalização alguma por parte das autoridades competentes), e os terrenos transformados em estacionamentos. Dessa forma, a história está desaparecendo aos poucos.

Texto e foto reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 7 de novembro de 2014.

A história da capital de Sergipe, Aracaju

Antigo Postal da Cidade de Aracaju/SE.
As margens do Rio Sergipe, a Avenida Ivo do Prado
e Rio Branco, mais conhecidas como "Rua da Frente".
Foto reproduzida do blog: coisasdoestadodesergipe.blogspot

Histórico de Aracaju Sergipe - SE.

A história da capital de Sergipe, Aracaju - antigo povoado Santo Antônio de Aracaju, é uma das mais inusitadas. Sua fundação ocorreu inversamente ao convencional. Ou seja, não surgiu de forma espontânea como as demais cidades, foi planejada especialmente para ser a sede do Governo do Estado. Passou à frente de municípios já estruturados, principalmente São Cristóvão, do qual ganhou a posição de capital. Acredita-se que uma capelinha, a Igreja de Santo Antônio, erguida no alto da colina, tenha sido o início da formação do arraial que se transformaria depois na capital do Estado.
A cidade de Aracaju, surgiu de uma colônia de pescadores que pertencia juridicamente a São Cristóvão. Seu nome é de origem tupi, e, segundo estudiosos da língua indígena, significa cajueiro dos papagaios.

Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado foi escolhido pelo presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede do Governo. Deixou para trás, além de São Cristóvão, grandes cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga d'Ájuda.

Inácio Barbosa assumiu o governo em 1853 com o desejo de fazer prosperar ainda mais a província. Ele sabia que o desenvolvimento do Estado dependia de um porto para facilitar o escoamento da produção. Apesar do desenvolvimento econômico e social de várias cidades no Estado, faltava essa facilidade. O presidente da Província contratou o engenheiro Sebastião José Basílio Pirro (homenageado com nome de rua em Aracaju) para planejar a cidade, que foi edificada sob um projeto que traçou todas as ruas em linha reta, formando quarteirões simétricos que lembravam um tabuleiro de xadrez.

Com a pressa exigida pelo Governo, não houve tempo para que fosse feito um levantamento completo das condições da localidade, criando erros irremediáveis que causam inundações até hoje. O projeto da cidade se resumia em um simples plano de alinhamentos de ruas dentro de um quadrado com 1.188 metros. Estendia-se da embocadura do Rio Aracaju (que não existe mais), até as esquinas das avenidas Ivo do Prado com Barão de Maruim, e a Rua Dom Bosco, antiga São Paulo.

A cidade cresceu inflexível dentro do tabuleiro de xadrez. Aterrou vales e elevou-se nos montes de areia. Foram feitas desapropriações onerosas e desnecessárias, para que o projeto mantivesse a reta. A única exceção foi uma alteração imposta pelo próprio presidente, permitindo que a Rua da Frente ganhasse uma curva, criando a bela avenida que margeia o Rio Sergipe.

As terras de Aracaju originaram-se das sesmarias, doadas a Pero Gonçalves por volta de 1602. 

Compreendiam 160 quilômetros de costa, que iam da barra do Rio Real à barra do Rio São Francisco, onde em toda as margens do estuário não existia uma vila sequer. Apenas eram encontrados arraiais de pescadores. Há notícias de que às margens do Rio Sergipe, em 1669, existia uma aldeia chamada Santo Antônio do Aracaju, cujo capitão era o indígena João Mulato.

Quase um século depois, essa comunidade encontrava-se incluída entre as mais importantes freguesias de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba.

Os fatos mais relevantes da vida política de Aracaju estão registrados a partir de 1855. O desaparecimento das lutas e agitações da vida colonial possibilitou o crescimento da economia. O açúcar, produto básico da província, era transportado por navios que traziam em troca mercadorias e as notícias do reino.

Fonte: IBGE.

Texto reproduzidos do site: sergipearacaju.blogspot.com.br

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 7 de novembro de 2014.

Livro: "Mensagens, João Sapateiro"


Livro: "Mensagens, João Sapateiro"

João Silva Franco nasceu na cidade de Riachuelo, em Sergipe, no dia 20 de junho de 1918. Negro, quase dois metros de altura, teve a vida marcada pelo sobrenome postiço. Profissionalizou-se como sapateiro. Passou a ser conhecido como João Sapateiro e reconhecido como o sapateiro poeta.

Viveu quase 90 anos, antes de morrer placidamente em uma quinta-feira, dia 9 de outubro de 2008. Sua poesia, tal qual sua arte de consertar sapatos, é um patrimônio de Laranjeiras, um rico exemplo de criação que nada aos vates nascidos e criados naqueles domínios. Os sapatos gastos perdem-se, mas a poesia continua servida, nos livros que publicou.

Extraído de Um Poeta e seu Ofício de Luiz Antônio Barreto.

Texto e foto reproduzidos do blog: culturasdemalhador.blogspot

Postagem oririnária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 9 de novembro de 2014.

Zé Antônio: representante do Cordel Sergipano


Zé Antônio: representante do Cordel Sergipano
Zé Antônio (Cordelista Sergipano).

Títulos: O Folclore Sergipano, O Manifesto Comunista Comentado em Cordel, Aquecimento Global - O Apocalípse.

José Antônio dos Santos (Zé Antônio) nasceu no Oiteiros, povoado de Moita Bonita-Se, em 09 de agosto de 1955. Filho de Emeliano Antônio dos Santos e Maria Francisca dos Santos, pequenos agricultores. É professor de história e já publicou mais de sessenta cordéis, entre os quais se destacam: A história Comentada da Literatura de Cordel, A História do Velho Chico no Reino da Natureza, A Súplica do Velho Chico, Lampião: O Guerreiro do Sertão. Foi contemplado no programa BNB de Cultura do Banco do Nordeste, edição 2005, com os cordéis: O Guerreiro de Belo Monte, A História do Padre Cícero, O Santo Casamenteiro e a Revolta de Maricota, A Paixão de Cristo. Foi premiado em primeiro lugar no Prêmio Nacional de Literatura de Cordel, edição 2006, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia com o cordel: O Bandido Cabeleira – O Autor de Luisinha. Tem proferido palestras e ministrado oficinas de literatura de cordel nas redes pública e particular de ensino. Sua obra já foi tema de monografia de curso de estudantes de jornalismo da UNIT, Roberta Carvalho de Santana e da estudante de letras da Faculdade de Ciências Humanas de Paripiranga – Bahia Elenice de Santana Santos.

Texto e foto reproduzidos do blog: culturasdemalhador.blogspot

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 9 de novembro de 2014.

Quatro Vozes de Aracaju


Infonet - Blog Luíz A. Barreto - 06/08/2005.

Quatro Vozes de Aracaju.
Por Luíz Antônio Barreto.

Quem for pro Aracaju
Me faça uma caridade
No cabelo das meninas
Ponha um ramo de saudade.
(Quadra popular).

Mais do que historiadores e intérpretes de Aracaju, José Calasans, Mário Cabral, Fernando Porto e Lauro Fontes são personagens ilustres da cidade, que deram contribuição de excepcional qualidade, formando um referencial teórico que funciona como uma luz, abrindo caminho à revelação e ao conhecimento dos fatos da vida aracajuana.

Em 1995, quando Aracaju completou 140 anos, José Calasans abriu sua casa, na avenida Sete de Setembro, em Salvador, para receber dois outros sergipanos que moram na capital baiana: Mário Cabral e Lauro Fontes, e mais Fernando Porto, da mesma geração, que foi de Aracaju especialmente para o encontro, juntamente com Luiz Antonio Barreto, Jackson da Silva Lima e Aglaé d’Ávila Fontes.

O encontro, cheio de lembranças e evocações, gerou uma fortuna crítica notável, tocada pelo sentimento de saudade, pelo carinho e pelo amor dos escritores à cidade idealizada por Inácio Barbosa. Dos seus longos depoimentos, extraiu-se o seguinte, como declaração lúdica, pessoal, íntima:

“O meu amor pela minha terra pode ser traduzido pelo que eu tenho escrito através de toda a minha vida. Mas Aracaju é uma cidade que me comove muito, me comove pela cidade em si, pelo traçado da cidade, pela paisagem humanista, pela paisagem urbana. Aracaju para mim é poesia, é trecho de céu, é farrapo de eternidade. Eu amo Aracaju.”

Mário Cabral, 91 anos, escritor nascido em Aracaju, jornalista, advogado, membro da Academia Sergipana de Letras, residente em Salvador desde a década de 1950, autor de uma vasta obra de poesia, de ficção e de crítica.

“Sempre eu tenho Aracaju nas minhas evocações. Quando vou a Aracaju, eu não vejo diferença nenhuma, porque ela está sempre eterna, dentro de mim. Ela está viva. Sempre.”
Lauro Fontes, 91 anos, engenheiro, nascido em Laranjeiras, residente em Salvador, onde atua com escritório técnico e onde escreve seus textos memorialísticos tendo a vida sergipana como permanente inspiração.

“O meu primeiro trabalho histórico foi sobre a mudança da capital, acontecimento que eu considero como o mais importante da história de Sergipe no século passado (XIX). Sergipano ausente, menos por vocação do que por destino, eu me sinto muito ligado a Aracaju. Gosto de rever a minha cidade.”
José Calasans, nascido em Aracaju em 1915, historiador, professor, ex presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, fundador - juntamente com Mário Cabral - da Revista de Aracaju, especialista em Canudos, com biografia intelectual consagrada na Bahia, falecido em Salvador, em 2003.

“A minha estima por Aracaju não nasceu como um fato compulsório, decorrente da minha certidão de nascimento, ela nasceu da contemplação da terra aracajuana, de uma cidade que para mim sempre estaria sorrindo, de uma cidade em que 50% da população nós conhecíamos e os outros 50% nós sabíamos quem era. Era uma cidade que, no meu tempo, era fraterna, o povo não andava correndo, uns sorriam aos outros, e isto fazia como eu dissesse: a cidade é um sorriso. Ao longo de todo esse tempo eu sempre fui catando, adubando esta amizade, que hoje é tão grande quanto a de qualquer outro lá tivesse nascido.”

Fernando Porto, nascido em Nossa Senhora das Dores, engenheiro, professor, autor de livros sobre Aracaju, falecido recentemente no interior de São Paulo, aos 94 anos. Os quatro mestres deram a Aracaju uma contribuição essencial: nas cátedras, nas páginas dos jornais, das revistas, nas instituições que criaram e ajudaram a transformá-las em fontes da história, no convívio fecundo com a terra e no esforço permanente de interpretação dos fatos sergipanos. Cada um deles deu contribuição especial:

Mário Cabral é, antes de tudo, o cronista da década de 1940, o pesquisador do folclore infantil, o guardião crítico dos vultos eminentes de Sergipe, como Tobias Barreto, Silvio Romero, Fausto Cardoso e muitos outros. Lauro Fontes, filho de Sindulfo Fontes, de uma família de grandes talentos – José Barreto Fontes, Sindulfo Filho, e outros – levantou, com José Calasans, no final dos anos de 1930 e início dos anos de 1940, o patrimônio histórico e artístico, para fins de proteção e tombamento.

José Calasans, com sua tese sobre Aracaju, chamou a atenção para a mudança da capital, e seguindo as pegadas de Clodomir Silva, mestre e inspirador, bebeu na fonte do povo, registrando as manifestações da cultura popular, participando, ainda, dos principais movimentos intelectuais de Sergipe. Fernando Porto, dedicado à sala de aula da Escola Técnica Federal, da Faculdade Católica de Filosofia e depois da Universidade Federal de Sergipe, teve passagem no serviço público, como Prefeito de Propriá, diretor de Obras de Aracaju, presidente da Energipe.

Mário Cabral, Lauro Fontes, que permanecem atuantes na Bahia, vencendo as barreiras do tempo com a lucidez dos seus idéias e compromissos, vibram, neste ano, com os 150 de Aracaju. José Calasans e Fernando Porto, emudecidos pela morte, são estrelas que brilharão sempre, como símbolos de luz na vastidão do conhecimento.

Fonte: "Pesquise - Pesquisa de Sergipe/InfoNet".
institutotobiasbarreto@infonet.com.br.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, de 9 de novembro de 2014.